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31 julho 2013

Semeiam-se ventos, colhem-se tempestades

Cada vez que digo uma mentira, sou sempre apanhada. É automático, detectam-me logo... porque não tenho jeito para mentir e nunca tive.
Posto isto, não percebo porque é que (quando ainda estava debaixo da asa dos meus pais) cada vez que chegava um bocado mais tarde a casa e me perguntavam onde tinha andado, nunca acreditavam no que eu dizia. "Estive em casa da S." - Corriam logo para o telefone, para se certificarem da veracidade da minha afirmação. "Estivemos naquele bar, o A." - "Não estiveste nada, esse bar nem sequer está aberto até esta hora!"
"Vais ao cinema com quem? Vou-te lá meter à porta para não haver dúvidas!"

Hoje, a minha irmã é uma mentirosa compulsiva (só sabe é inventar e criar confusão - fora as assinaturas falsificadas nos testes e na caderneta), quando ela diz "vou à padaria", o que ela quer mesmo dizer é 'vou onde me apetecer, dar uma volta de bicicleta, fazer cambalhotas no parque, talvez passe por casa da N. para brincar um bocado com ela e termino no supermercado a comprar carambar's'.
Mas ela diz que vai à padaria e os meus pais acreditam. Ela diz que se atrasou porque                                   -> (preencher com a desculpa mais esfarrapada que conseguem imaginar) e os meus pais acreditam. Ela passa um trimestre inteiro a dizer que não tem testes e os meus pais acreditam. Ela passa duas semanas inteiras a dizer que os professores não têm mandado TPC e os meus pais acreditam.
Coitadinha da menina!

Tento desculpar os meus pais com a falta de paciência para se meterem em investigações, devido à idade. Mas na verdade, eles só estão a colher aquilo que semearam.

2 comentários:

  1. É...às vezes acontece...!!!
    Bjs
    Maria

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  2. sabes que cada vez mais tenho visto casos desses, pais que educam de maneira completamente diferente um filho e o outro! :\

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E vocês, o que acham?!

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