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28 junho 2013

Dos trabalhos

Se há pessoa que se liga ao trabalho de uma forma esplêndida, sou eu.
Tirando a parte em que sempre ajudei os meus pais no negócio por conta própria que eles tiveram durante muitos anos, comecei a trabalhar para terceiros com 17 anos.

Fui para uma cidade desconhecida estudar e arranjei um part-time como empregada de balcão. Adorava esse trabalho! Tinha um excelente contacto com o público e as pessoas daquela terra eram extremamente acolhedoras e simpáticas. Fui eu própria que tive que sair deste posto quando cheguei ao ponto de andar-a-estudar+tirar-a-carta-de-condução+trabalhar... não era tudo compatível. Assim, em menos de 3 meses já tinha carta de condução e terminei o curso com bastante aproveitamento. Mas frequentemente ía visitar a minha (ex)patroa.

Depois continuei a ajudar a minha mãe no seu mais recente negócio que já era uma coisa mais de escritório... mas decidi arranjar um part-time como operadora de caixa num supermercado da terra. Tinha perfeita noção de que estava ali apenas para cumprir funções durante aquele grande período de afluência, mas a esperança é sempre a última a morrer. Posto isto, até ao último minuto pensei que me fossem dizer para continuar lá... mas tal não aconteceu. No balneário chorei e chorei ainda mais quando caí na realidade de ter que despejar o cacifo. Amava aquele contacto com o público, gostava bastante do que fazia e conheci muitas pessoas novas.

Após isto, há pessoas que não vão acreditar no que vou dizer, mas candidatei-me para o exército. Fiz os testes, passei com distinção (principalmente nos psicotécnicos e testes de reação) com perfil traçado para snipper e/ou para dar instrução. Por motivos psicológicos que não interessam quais nem porquê, tive que desistir ainda na fase de recruta. Depois tive outra luta...

Acabei por "cair" num trabalho da minha área de formação. Digo "cair" porque nunca pensei conseguir entrar naquele sítio, naquele posto. Aliás, nem pensava que iria ser contactada, mas quando cheguei lá e percebi que apenas tinham sido selecionadas 4 pessoas para fazerem os testes e passar na entrevista, fiquei mais confiante. Apesar de toda a experiência que as outras candidatas poderiam ter (porque eram todas mais velhas do que eu) eu tinha acabado o meu curso à pouco tempo, precisamente naquela área, o que me dava um conforto enorme para manusear as coisas. E, para além disso, sempre tive um grande à vontade com a língua portuguesa - o que me impedia de escrever com um único erro apenas. Trabalhei lá durante mais de 2 anos. E continuam a faltar-me as palavras para o descrever, apenas palavras soltas. 
Garagem.
Dinâmica.
Divertimento.
A essência da 'coisa'.
Vestir a camisola.
Equipa fantástica.
Felicidade!

E agora, bem agora... tenho um trabalho bastante gratificante! Comunico imenso com pessoas (principalmente idosos), conversa-se muito, ajuda-se bastante, conhece-se mais ainda e aprende-se imenso! E isso enche-me o coração.


4 comentários:

  1. Engraçado que também eu sempre me dei bem nos trabalhos que tive, pese embora naquele onde estive mais tempo - oito anos, tenha sido explorada e mal tratada....mas o trabalho em si, era excelente, a minha reputação do best (o que causava muitos problemas com os colegas da concorrência) e a relação com a minha colega de trabalho, da melhor. Hoje, não faço o que gostaria de fazer, mas tenho sempre um sorriso e palavras agradáveis, adoro a minha equipa, sinto-me querida por todos e isso, por vezes, é o mais importante:) Nos dias que correm será mesmo o mais importante:) beijinhos e muita coragem!

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    Respostas
    1. Eu também não faço o que gostaria de fazer, mas enche-me o coração e isso é muito importante! :)
      Beijinhos e coragem igualmente para ti!

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  2. é bom trabalhar no que se gosta

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  3. Adorei conhecer-te um pouco melhor e saber que és apaixonada pelo que fazes...isso é qualquer coisa de muito valioso que nem todos têm...fico contente por ti muito contente!
    Bjs
    Maria

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E vocês, o que acham?!

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